Operação realizada hoje apreendeu R$ 600 mil em casas e
empresas dos suspeitos e a Justiça bloqueou bens.
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A PF amanheceu o dia na porta da empresa A3, no Passaré, onde realizou buscas
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A Justiça Federal bloqueou os bens e Polícia Federal
apreendeu cerca de R$ 600 mil em espécie de artistas e empresários de
bandas de forró cearense. A megaoperação realizada na manhã desta terça-feira
(18) mobilizou cerca de 295 agentes públicos, entre policiais federais, fiscais
e auditores, além de peritos e delegados. O “rombo” aplicado aos cofres da
União por 26 empresas e quatro bandas pode chegar a R$ 500 milhões.
A operação começou por volta de 6 horas quando os policiais
federais e auditores fiscais, munidos de autorização da Justiça Federal,
invadiram a sede das empresas A3, localizada no bairro Passaré (Avenida
Heróis do Acre); e D&E no bairro Edson Queiroz (Avenida Engenheiro Leal
Limaverde). O objetivo foi apreender computadores e documentos. Ao mesmo tempo,
várias residências, sítios, escritórios, emissoras de rádio e apartamentos de
luxo em Fortaleza e nas cidades de Russas (CE) e Souza (PB) também foram
devassadas para o cumprimento de 32 mandados de condução coercitiva e 44 de
busca e apreensão.
Entre os artistas conduzidos coercitivamente à sede da PF
estão os vocalistas da banda “Aviões do Forró”, Solange Almeida e “Xande
Aviões”, além de outros componentes de mais grupos musicais administrados pelas
empresas investigadas. Outro surpreendido pelos “federais” foi o
empresário Isaías Duarte, o “Isaías CD”, que saiu de seu condomínio de luxo em
um “camburão” da PF.
Crimes
As investigações em torno das empresas e bandas começaram
sigilosamente há cerca de dois anos e apontam para uma fraude que pode chegar a
meio bilhão de reais, segundo cálculos da própria Receita. Os envolvidos teriam
praticados crimes graves como “lavagem” de dinheiro, omissão fiscal e até
associação criminosa para lesar o Fisco da União.
Por conta disso, além dos mandados judiciais cumpridos nesta
manhã, na operação batizada de “For All” (que significa “para todos”, em
tradução livre), a Justiça bloqueou 163 imóveis, 38 veículos de luxo de pessoas
físicas, outros 31 de pessoas jurídicas.
Todos os empresários e artistas que faziam parte do esquema
criminoso foram encaminhados à sede da PF para prestar depoimentos. Durante
todo o dia eles ficarão à disposição das autoridades. Pedidos de prisão não
foram, ainda, encaminhados à Justiça pela PF, que vai, primeiro, reunir provas
com base no material apreendido durante a operação.
Fonte: cearanews7
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